imagem_papricast

O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro /// Bom, mas não espetacular!

cartazQuando estreou em 2012, o Não Tão Ruim Homem-Aranha, dirigido por Marc Webb, conseguiu cumprir a sua missão pífia de superar o último filme da trilogia de Sam Raimi, diretor responsável por levar o cabeça de teia para os cinemas (caso você nem lembre mais). Lógico que os fãs queriam muito mais que isso, mas ao mesmo tempo só queriam esquecer o pesadelo que havia sido ver o Homem-Aranha emo, enfrentando uma suruba de vilões. O filme foi tão ruim que, para alguns, chegou a lembrar os tempos de Joel Schumacher envergonhando o Batman nos cinemas.

O Um Pouco Melhor Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro, que chega aos cinemas nessa quinta-feira (01/05), consegue superar o primeiro longa da nova série, mas ainda não é o grande filme que o Cabeça de Teia merece.

Nessa sequência, nós temos um Peter Parker (Andrew Garfield) ainda mais a vontade como Homem-Aranha. Embora ainda seja atormentado pelas últimas palavras do Capitão Stacy (Denis Leary), Peter leva uma vida relativamente boa. Em seu tempo livre (o pouco que possui quando não está desviando de rajadas de metralhadoras e balançando com suas teias pelos arranha-céus de Nova York) ele pode se gabar de todas essas façanhas para sua linda namorada Gwen Stacy (Emma Stone), afinal, ser o Homem-Aranha é uma ótima maneira de começar uma conversa com uma das poucas pessoas que conhecem, assumidamente, a sua identidade secreta. Mas é claro, como precisamos de uma história, esse equilíbrio desanda nos primeiros minutos de filme e quando menos espera, Peter se vê enfrentando ameaças mais poderosas que ele.

3S7C3257.CR2

Um dos grandes méritos dessa sequência é Andrew Garfield. Melhor que o seu antecessor, Tobey Maguire, Garfield mais uma vez entrega um Peter Parker muito mais interessante do que o nerd com cara de chorão dos filmes anteriores. Além do tom irônico do personagem, sem a preocupação de apresentar o “novo” perfil do heroi nos cinemas, o razoável roteiro consegue trabalhar o carisma do cabeça de teia. O segundo filme da nova franquia reforça que no final do dia, não importa o tamanho da batalha, O Homem-Aranha é o cara que volta para casa da Tia May (Sally Field) e guarda seu uniforme no armário. Ele é um de nós. O amigão da vizinhança, que também precisa enfrentar resfriados e as vezes algumas DR’s com sua garota.

O esforço para mostrar o herói como um de nós não para na construção do personagem. Usando e abusando do 3D (por sinal, quem tiver condições, vá assistir o filme no IMAX) o filme permite que você seja o Homem-Aranha por alguns segundos. As cenas onde o personagem balança no meio dos prédios são simplesmente lindas!

O longa é extremamente competente em suas sequências de ação, principalmente se você ignorar o fato de que, por alguma razão, para cada batalha do Homem-Aranha no meio de Nova York, uma arena instantânea se forma, com direito a grades de proteção para todas aquelas pessoas que acreditam que é super seguro ficar em volta gritando e torcendo enquanto um mascarado mutante com os poderes de uma aranha luta contra um homem azul que pode fritar todos a sua volta.

3S7C3257.CR2

Aproveitando essa deixa, vamos falar sobre os vilões. Max/Electro (Jamie Fox) não poderia ser um vilão mais didático para o público infantil. Mesmo sendo caricato no início do filme o vilão passa por uma bela evolução e tem lá os seus momentos de Dr. Manhattan (ver/ler Watchmen). Dane Dehaan, também conhecido como “Mini Leonardo DiCaprio”, está bem no papel de Harry Osborn, o herdeiro das empresas Osborn, que aparentemente será a grande responsável pelo tão esperado Sexteto Sinistro. O Duende Verde consegue respeitar o fato de não ter seu nome no título do filme, deixando a maior parte da ação para o seu colega Electro. O roteiro consegue trabalhar muito bem com seus vilões em camadas diferentes. Enquanto Electro chuta a bunda do Homem-Aranha, nós podemos acompanhar com calma o nascimento do Duende Verde.

Dessa forma, o filme resolve bem aquilo que poderia ser a sua maior fraqueza: apresentar tantos vilões em 142 minutos. O grande problema, é que essa solução passa por desmentir a sua campanha de marketing, deixando parte do prometido para a próxima história. Junto com a esperança do espectador de que o próximo filme honre o “Espetacular” no nome da franquia.

Compartilhe
Comente
  • http://www.comocriarsite.info Como Criar Site

    Os filmes do homem aranha estão muito chatos. Mais um ruim

  • Rodrigo Amaro

    Eu gostei, cara. Fui no cinema pra me divertir, e saí satisfeito. Como disse o Leonardo, me senti o homem-aranha em alguns momentos. Apesar de algumas “barrigas”, achei que o filme fluiu bem e se acomodou dentro das suas 2 horas de duração sem parecer forçado. Espero o próximo!

  • http://gravatar.com/roumustang Roy Mustang

    Achei fraco. Tecnicamente é perfeito. A movimentação do aranha esta perfeito. Ele luta exatamente como nos quadrinhos, mas o filme não tem ritmo.

  • Daniel

    Good, but not Great =D