Nessa quinta-feira, dia 28 de maio, estreou Terremoto: A Falha de San Andreas.
Não sei vocês, mas eu sou um otimista. Sempre que vejo um teaser sobre um filme desastre como esse, fico na esperança e normalmente comento com meus amigos: é esse galera, esse vai ser diferente. Lógico que isso normalmente cai por terra no segundo ou no oitavo trailer. Mas, pelo menos até lá, eu tenho uma curta janela de esperança e expectativa de que, dessa vez, os planos para salvar o dia vão fazer sentido, os cientistas não vão pensar em voz alta e que aquele que abrir a boca pra largar o primeiro clichê vai levar um navio cargueiro na cabeça.
Ok. Meu texto começou amargo. Nesse ponto você deve estar pensando que eu odiei San Andreas. Mas não. Eu curti o filme. Ele só não é nada do que a minha versão otimista esperava. Mas também, onde eu estava com a cabeça, certo?
San Andreas é um típico filme de desastre. As coisas tremem, explodem e caem. Mas no fim, você sabe que não importa o nível da destruição, ou o quão nublado está o dia, alguém vai encontrar um lugar para hastear a bandeira americana diante de lindos raios de sol. Até isso acontecer, o filme tem a gentileza de te jogar na cara lindas sequências de ação, ótimos efeitos especiais, o carisma gigantesco de Dwayne “The Rock” Johnson e a linda Alexandra Daddario. Falando em gentileza, consciente das expectativas de 99% de seu público, o filme não faz você esperar muito para ver The Rock em ação. Ainda nos primeiros minutos do longa, o filme faz questão de explicar, de maneira bem didática, que o personagem dele é um bombeiro especializado em resgates muuuuito experiente, super forte, e que trabalha com a mesma equipe desde os seus tempos de serviço militar. Ah…e que todos ali se consideram uma família, independente de raça, cor ou credo.
É lógico que a construção dos personagens é pobre. Mas vamos combinar: se você está determinado a ver esse filme no cinema, o plano é ver destruição e isso tem de sobra! Cada prédio caí de uma maneira mais divertida do que a outra e o elenco que foi pago para aparecer até o final do longa, segue dando um jeito de escapar no último segundo, entregando o espetáculo e a “tensão” prometida ao espectador.
San Andreas certamente não é um filme que vai mudar a sua vida, mas ele também não “azeda” (muito) a sua pipoca. Vale pelo espetáculo digital, para ver The Rock encarando um tsunami (ou marola, levando em consideração o ponto de vista dele) e para mergulhar em um subtexto complexo sobre…rá, te peguei! Enfim, não deixem seus amigos pseudo intelectuais fazerem bullying com vocês. Deixe a vergonha de lado e corra para chafurdar nesse mar de clichês e ação que é San Andreas.