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Missão Impossível – Nação Secreta /// Missão com dificuldade entre moderada e difícil.

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Estreia nessa quinta-feira, 13 de agosto, Missão Impossível – Nação Secreta, vendido como a missão mais impossível enfrentada pelo time de Ethan Hunt, a IMF. Se eu tivesse acesso a qualquer um dos membros desse grupo, eu daria um jeito de passar a mensagem: “Calma galera, não vai ser tão ruim assim, foi só exagero do pessoal do marketing. Tudo que vocês terão que fazer é derrubar o Sindicato, uma nação secreta administrada por incopetentes. Ah…não se preocupa, essa mensagem não vai se auto destruir e você pode manter esse smart glass bacana.”

Quem chegou ao 5º filme da franquia sabe muito bem que suspense, mistério, ação e roteiro se encontraram pela última vez em 1996 no primeiro Missão Impossível, dirigido por ninguém menos que Brian de Palma. Estou longe de considerar os outros filmes ruins. Todos possuem ótimas cenas de ação e os roteiros cumprem seu papel básico de fornecerem desculpas (nem sempre válidas) para os malabarismos de Tom Cruise, que ignora a idade e segue dispensando dublês (deve ser algum lance da Cientologia).

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Missão Impossível – Nação Secreta é de longe o mais desprovido de personalidade da série, ganhando até do segundo filme que, até então, era considerado o mais fraco de todos. Todas as cenas incríveis de ação vistas nos trailers estão na primeira metade da história. Por sinal, fica o aviso: se você chegar 3 minutos atrasado na sessão, vai perder Ethan Hunt pendurado para fora do avião. Estrategicamente isso é terrível, pois daí para frente, qualquer coisa que ele fizer será “ok, isso foi incrível, mas lembra quando tu ficou pendurado do lado de fora de um avião?”

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O roteiro do filme é competente ao ligar uma cena de porradaria a outra, mas peca ao ser incrivelmente didático. Por didático, quero dizer que ele explica tudo detalhadamente. Sabe… didático… com o objetivo de instruir um indivíduo a respeito de algo… VIU COMO ISSO É IRRITANTE? Pois é, o filme faz isso o tempo todo. Os personagens pensam em voz alta e repetem os planos mais de uma vez, parecendo esquecer que você já estava lá na primeira vez que eles explicaram.

Mesmo com alguns escorregões Missão Impossível – Nação Secreta ainda consegue ser divertido. Benji Dunn (Simon Pegg) tem mais tempo de tela e consegue até chutar algumas bundas, sem deixar de exercer a sua função de alívio cômico. Ilsa Faust (Rebecca Ferguson) é uma ótima aquisição para a IMF, como uma versão feminina de Ethan Hunt que salva o dia mais de uma vez e consegue se manter como o único mistério do filme, fazendo você se perguntar de que lado ela realmente está. O vilão Solomon Lane, interpretado pelo ator britânico Sean Harris, se apresenta como um inimigo incrível, mas acaba sendo muito mal explorado, se resumindo a algumas caretas e planos não tão geniais assim.

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No saldo final o 5º filme da série Missão Impossível não chega a ser ruim. Vale para ver boas lutas, Tom Cruise fazendo abdominais para fugir de um tronco ao qual está preso e dar risada com as bobagens de Simon Pegg. Mas, infelizmente, esse é um filme que você só ira lembrar quando, daqui há alguns anos, ler a notícia de que estão produzindo o 6º Missão Impossível.

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  • Ana Carolina de Alexandria

    O filme atendeu minhas expectativas, gostei muito!

  • Marcial

    Pois é, empolgante….

  • Lucas Freire

    Legal ver que essa é a primeira resenha que eu vi que “não gostou” do filme. Isso é bom pra polarizar. Que bom que mesmo assim meu hype pra esse filme ainda tá alto. Desde o terceiro filme, MI é um mais do mesmo que, pelo menos pra mim, é bom, pois entrega o que promete. Minha dúvida é: a cena do avião é melhor que a cena do deserto (toda ela, com a escalada do prédio e a perseguição na tempestade de areia) do quarto filme?

    • Marcial

      Essa resenha negativa é maximo de ranzinza que o Leo consegue ser. Ele não consegue dizer, “uma bosta”

  • Adriana C.Rodrigues

    quem sabe um dia ele não cansa, né?