Papricast 279 /// Leaving Neverland

2019 está sendo um péssimo ano para Michael Jackson. Ou para sua memória e legado, no caso. Rádios no mundo inteiro deixando de exibir suas músicas, locais retirando imagens e estátuas, e, mais uma vez, o mundo chocado com novas evidências de que o Rei do Pop foi um dos mais poderosos predadores sexuais do século 20.

Todas essas atitudes estão sendo tomadas após a exibição nos Estados Unidos do documentário Leaving Neverland, onde dois homens resolvem expôr os abusos sexuais que sofreram de Michael Jackson durante o final dos anos 80 e início dos anos 90. Hoje casados e vivendo a paternidade, Wade Robson e Jimmy Safechuck resolveram exorcizar seus demônios e relatam, com detalhes, o período em que eles e suas famílias foram seduzidos pela suposta doçura e inocência do astro.

Negação, idolatria, empatia por uma infância traumática, admiração artística… tudo isso faz parte do que sentimos por este homem, mas é necessário ver Michael Jackson sob um novo olhar, a partir de agora.

P.S: após a gravação, a HBO anunciou que exibirá o documentário em duas partes, nos dias 16 e 17 de março.

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  • alfonses

    vcs vao fazer filmes de 2018 para assistir esse ano?

  • Paulo Roberto Galliac

    Planeta Monstro. Eu recomendo China Blue. 90% das pessoas usam esses produtos. Oriundos do trabalho infantil e escravo. : https://www.youtube.com/watch?v=5suQQsmD9M0

  • Raposa

    Gente, num geral o podcast foi muito bom, acho que abordaram de forma adequada temas bem delicados, mas preciso fazer um puxão de orelha: vocês interromperam muito a Sabrina nesse episódio. Uma ou duas vezes é normal, mas foi o bastante para eu me incomodar de tão frequente que o Marton e o Leonardo atropelaram ela e, basicamente a impediram de participar da conversa mais pro final do episódio.

    Eu entendo, especialmente pelo trabalho que vocês meninos se colocaram a fazer (Marton e Leo) de analisar e criticar a cultura pop faz uns 3 ou 4 anos já (talvez mais, comecei a acompanhar o podcast lá pelo 10 e não lembro quando foi isso), que a cultura pop se torna algo “parte” de vocês, que constroi e construiu as suas personas de forma mais viceral que para muitos de nós, mas vocês ficaram tão agoniados em criticar o consumo de vocês que perderam um pouco o formato da coisa.

    Vocês adicionaram a Sabrina ao time para promover a plurarilidade de ideias no programa e deixar o ambiente menos “masculino”, então tomem esse cuidado nos próximos episódios, ok? Talvez valha ter uma pessoa a mais no mudo observando a gravação do podcast, apitando pra vocês darem uma respirada e deixar os outros brincarem também.

    E espero não ter sido muito duro e tals, adoro o programa de vocês e continuem o ótimo trabalho, isso é mais um puxão de orelha porque a linha editorial de vocês tem sido muito boa, então tem que ter essa curadoria para se manterem alinhados 😉

  • Madinha

    Os homens brancos conseguem separar a obra do autor, a mulher e o negro/pardo(não sei como o Léo se define) não conseguem . Coincidência? Ou o fato de ter a polícia e os tribunais sempre garantindo seu bem estar faz diferença?
    Sem respostas aqui. Apenas reflexoes…

    • martonsantos

      Acho que se tratando de um conteúdo cultural, e não de alguma injustiça social, você vai encontrar mulheres e homens negros que conseguem sim dividir a obra do autor. Assim como vai encontrar homens brancos que tem dificuldade de separar. Eu mesmo peguei asco do MJ, mas tenho medo da minha hipocrisia virar o dedo contra mim se um escândalo de algo que me é muito caro estourar.

      Enfim… acho super válida a reflexão, mas não consigo ver a correlação entre ser ou temer ser injustiçado e separar ou não a obra do autor. Se estiver me faltando a lente para ver a relação, por favor… me mostra o caminho.

    • Paulo Roberto Galliac

      Michael Jackson é um monstro pedófilo. É um monstro PONTO no PLANETA MOSTRO. Se eu for odiar as músicas agora do Michael Jackson, eu seria incoerente. Eu teria de me isolar do planeta terra ou PLANETA MONSTRO. Já que 90% da cultura, produtos e INVENÇÕES têm origens de pessoas sórdidas e horríveis

      Vamos deixar de ouvir Música Erudita já que os amigos Richard Wagner e Friedrich Nietzsche eram antissemitas. Tem gente que separa Nietzsche e culpa só Wagner.

      Albert Einstein era um MACHISTA NOTÓRIO. Charles Chaplin gostava de meninas de até 14 anos. Nossos avós e avôs casavam comumente com 15 ou até mais cedo. Temos casamento infantil até hoje.

      Consumimos agora nesse exato momento produtos ORIUNDOS do trabalho infantil e de mão de obra escrava infantil. Isso da CHINA principalmente. Vamos ser coerentes e deixar de consumir eletroeletrônicos? Relembrando que na Era Vitoriana as meninas até crianças sofriam abuso sexual nas fábricas. Será diferente hoje? Entre o século XIX e XXI. O que mudou é a tecnologia.

      Outro caso notório de abuso é do Bill Cosby durou por muito tempo, mas hoje acabou essa negação dos crimes.

      Muitos cinéfilos adoram Roman Polanski e Woody Allen. Não perdoamos os crimes de pedofilia, mas não deixamos de ver suas obras.

      Eu não lamentei a morte de Bernado Bertolucci, por relembrar do abuso da Maria Schneider no seu filme.

      Eu criei minha proporia filosofia nada é sagrado e tudo é maldito. Só que alguns são mais malditos que outros. Tudo começou desde as Cavernas com Homens das Cavernas seguindo seus instintos brutais com clavas pré-históricas.

      • Madinha

        Meu ponto é: Sabe essa reflexão fria, lógica e embasada que você teve? Uma pessoa em situação de vulnerabilidade geralmente não tem. Explico: Imagina que você é maltratado por um atendente de uma loja, você tem uma chance muito maior de se manter calmo e racional, porque você sabe que se for necessário ir numa delegacia fazer BO, ou mesmo chamar o gerente, você será ouvido e a chance da justiça ser feita é grande.
        Ja um homem negro talvez não tenha esse sangue frio porque ele sabe que talvez o gerente se recuse a atendê-lo e se a polícia for chamada a chance maior é dele sair algemado.
        Somando-se várias experiencias assim ao longo da vida fazem com que algumas pessoas não consigam ter uma resposta racional a esse tipo de estímulo e sim emocional.
        Como o exemplo dado de não conseguir olhar um.poster do Marlon Brando… Todas as experiências próprias, de amigas e ou familiares que sofreram assédio ou violência sexual e ficaram caladas, porque sabiam que não seriam ouvidas… Isso causaria uma resposta emocional de repulsa que os homens brancos , hetero, cis, classe media … não tem por mais empatia que eles possam ter.

        • martonsantos

          Eu acho que teu ponto faz bastante sentido, e tu tocou em um ponto que acho fundamental pra entender o que rola aqui: empatia.

          Acho que mesmo o mal do milênio que é o homem, branco, cis, hétero, se sentiria muito mais revoltado com a obra de MJ se tivesse sofrido abuso na infância. A reação emocional, realmente, fala muito mais alto do que a lógica.

    • alfonses

      é a opiniao de 4 pessoas relaxa

  • Supertramp

    Gente, tiveram pontos muito altos e muito baixos, a real é que esse episódio deveria ter durado 1 horinha, muito do que se comentou abriu novas.. “percepções” na minha mente a respeito de uma obra e um artista. Bem como negativo, fica a generalização de uma posição do indivíduo por uma ideia que ele tem, quer dizer, não é por que o rapaz do a vida é bela teve aquela posição de “proteger o filho” que ele necessariamente vai ser totalmente contra educação sexual, na verdade eu penso que esse é um dos grandes problemas do Brasil, se seu comentário tende a um lado (esquerda ou direita) você necessariamente é generalizado. As coisas não precisam ser assim, inclusive, é bastante chato (entendo que necessário) mas é bem chato ficar ouvindo comentários políticos e principalmente sempre aquelas pontadas no governo atual (tomem o cuidado aqui de não cometerem o erro de me generalizarem como um bolsominion apenas por um comentário que foi dito), acho que isso não traz mais vantagens do que desvantagens, não vou deixar de ouvir vocês por isso, mas… a maneira correta de responder a isso aí é nas eleições de 2022..

    A respeito do tema, eu escuto sempre o que meu pai fala “A arte é maior do que o artista” ele sempre disse que não gostaria de conhecer o John Lennon pois tinha receio de que ele se comportasse de forma rude acabando com toda a ilusão que meu pai tinha sobre ele (meio que como dizem que o pelé é :’D) Ou seja não adianta, a arte sempre vai ser maior, por isso que desprezo o endeusamento aos artistas, não vou ficar surpreso se surgir algo sobre Tom Hanks ou Stan Lee no futuro pois eles não são maiores do que ninguém, inclusive esses sites de notícia que reportam cada fofoca sobre famosos, Anitta, Neymar.. Gente esqueçam os artistas, eles tem que pagar por seus crimes, sendo julgados e prezos quando cabivel, seja Cristiano Ronaldo ou MJ, mas a arte deles, querendo ou não, é maior.

    Bem me estendi um pouco aqui, espero que possam dar uma lida depois, esse tipo de tema empolga bastante e não teria escrito tanto nem em uma redação de concurso, gosto muito do pdocast de vocês e ansioso para próximos episódios

    • martonsantos

      Obrigado pelos comentários cara, de verdade. Embora discorde veementemente de algumas coisas que você diz. Primeiro: não… a gente não deve se manifestar politicamente apenas de 2 em 2 anos nas urnas. Viver, consumir cultura, trabalhar, conversar… todos esses são atos políticos em algum nível, e a nossa vida, nossas relações… tudo vai fazer algum sentido em torno das posições de vida e das pessoas com quem tu as compartilha. A gente fala de política no Papricast desde o dia 1, embora isso não fosse claro nem pra nós mesmos na época. O que não nos impediu de falar sobre os protestos de 2013. Muita gente acha que começamos a falar de política recentemente, mas isso foi só quando o sapato da galera mais fiasquenta começou a apertar. Em pleno governo Dilma nos colocamos a favor dos protestos e de mudanças que fossem necessárias na política. Mas né… a galera acha que a gente só odeia o Biroliro, e daí pra virar comunista, socialista e tudo mais é um passo. E, obviamente, as pessoas só se lembram daquilos que as atinge diretamente, caso contrário somos só mais uma voz no coro de confirmação de viés.

      A ideia do Luciano sobre A Vida é Bela é uma alegoria das nossas relações. Concorde ou não, é bem óbvio que não há uma lógica literal sobre o que falamos.

      É isso… um abraço.

  • Boot Retardado

    Antes o Papricast era um podcast legalzinho pra baixar e deixar na reserva dos podcasts que eu realmente me importo. Agora virou um podcast de furar a fila.

  • Mario

    Adoro o papricast, ouço desde o começo, mas peço pvfr q variem os convidados🙏. Eu sei q os dois sao amigos seus mas são MTO CHATOOS.

    • Marcos M Oliveira

      Muito, muito chatos. A Sabrina nem tanto, mas o conjunto é insuportável.

  • Fabiano Carlos

    1h 40 min de Papricast e eu já to sorrindo de orelha a orelha de felicidade 😄

    • Fabiano Carlos

      A parceira do Rodin se chamava Camille Claudel. Há dois filmes que a retratam como personagem: Camille Claudel de 1988 (que passa o pano sobre Rodin e pinta Camille como louca) e Camille Claudel 1915 de 2013 (que conta sobre seu encarceramento num hospício).