É engraçado o efeito que fenômenos como Lost e Matrix causam na indústria do entretenimento. Durante todo o começo dos anos 2000 vimos cartazes de filmes se comparando à obra dos irmãos Wachowski e agora, nesse ano pós-Lost, vemos a briga para escolher um substituto para a série de maior sucesso da história.
Mais um desses candidatos teve sua estréia no Brasil ontem, trata-se de The Event, série exibida pelo canal a cabo Universal, segundas as 22hs.
Na série, o jovem Sean Walker, vivido por Jason Witter, tenta encontrar sua noiva desaparecida enquanto uma grande conspiração se revela nos bastidores do poder norte-americano. A trama ganha em dinâmica ao optar por uma narrativa não-linear, pelo menos nesse episódio de estréia. Ao mesmo tempo que acompanhamos Sean em apuros ao sequestrar um avião, vemos seus últimos dias na companhia da namorada e alguns vislumbres do presidente americano Elias Martinez enfrentando membros de seu próprio gabinete para libertar presos políticos de uma instalação no Alasca.
A série parece se apropriar de muitos elementos de outros sucessos recentes: a tensão política e dinâmica narrativa de 24 Horas, o suspense de The 4400, personagens superpoderosos de Heroes e, claro, os mistérios de Lost. Resta esperar para ver se essa salada de referências irá se tornar algo com identidade própria e apelo capazes de cativar fãs, como fez a série da ilha, coisa que nem o ótimo Fringe conseguiu. O fato é que o telespectador ficou calejado após acompanhar Lost por seis anos e acabar sem respostas satisfatórias. Se uma nova série conseguir repetir o sucesso e ainda desvendar mistérios de forma menos melancólica, tem tudo para ser um evento e tanto.
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